domingo, 12 de janeiro de 2020

Por onde os gatos transpiram?

Gatil KatzeCoon  - arquivo pessoal
Foto por Gatil KatzeCoon  - arquivo pessoal 
POR ONDE SERÁ QUE OS GATOS TRANSPIRAM?

No verão, como os gatos vencem o calor? Eles transpiram, claro. Mas a reposta é menos óbvia do que parece. Isso porque a transpiração ocorre por uma parte bastante inusitada do corpo do bichano: suas patas. Ou melhor, pelas fofas e rosadas almofadinhas das patas.
Gatos até possuem algumas glândulas sudoríparas espalhadas pelo corpo, mas, como são cobertos por pelos, o efeito de resfriamento é minimizado. A maior parte dessas glândulas está localizada nas almofadas das patas. Por isso, no verão, eles podem deixar um rastro de pegadas úmidas conforme andam.
Ao contrário dos nossos amigos caninos, os gatos evoluíram como animais do deserto e conseguem lidar melhor com o calor. Suas grandes e finas orelhas são um importante mecanismo natural de resfriamento do sangue que circula nessa região. Mas isso não significa que eles não fazem o possível para evitar o calorão. Pelo contrário, eles procuram ambientes frescos e com sombra, esticam-se em superfícies mais geladas, bebem água fresca e lambem os pelos do corpo para distribuir saliva, que evaporará e provocará resfriamento.
Assim como os cães, os gatos também ficam ofegantes para se resfriar. Desta forma, o calor do tórax escapa por meio da umidade – produzida pelas membranas mucosas da língua, boca e garganta –, que evapora e provoca o resfriamento do animal. No entanto, se o seu gato fizer isso, fique atento! Apenas gatos extremamente estressados com o calor ofegam. Ajude-o imediatamente a se esfriar molhando o pelo dele com água gelada, providencie água para ele beber e transporte-o para um local mais fresco.

Por Marina Maciel 

segunda-feira, 5 de março de 2018

Sobre HCM (CMH) - cardiomiopatia hipertrófica


foto ilustrativa - imagem da internet

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia causadora de insuficiência cardíaca nos gatos, podendo causar quadros congestivos, tromboembolismo arterial sistêmico e até mesmo a morte súbita. É uma doença de origem genética que também acomete os homens, apresenta uma grande variabilidade de genótipos e fenótipos, com mais de 1400 mutações já descritas na medicina humana. A CMH não é um defeito congênito, mas uma doença de caráter genético que se desenvolve lentamente, ao longo do desenvolvimento do paciente, o que exige um acompanhamento clínico cardiológico para adequado diagnóstico.
Gatos com CMH raramente apresentam manifestações clínicas, permanecendo assintomáticos por anos, inclusive aqueles que possuem alterações estruturais cardíacas importantes. Este fato dificulta o diagnóstico da cardiomiopatia, já que muitos criadores e proprietários nem sequer suspeitam de qualquer alteração cardiovascular em seu felino.
Raramente os gatos acometidos manifestam alterações antes dos seis meses de idade, e o diagnóstico da CMH pode levar anos. Desta forma, o padrão ouro para o diagnóstico da CMH é o exame ecodopplercardiográfico, preferencialmente realizado por médicos veterinários especializados e com experiência em cardiologia felina.
Em algumas raças, as principais mutações relacionadas à CMH já foram descobertas e são rotineiramente testadas antes da realização de programas de cruzamentos, como é o caso dos Maine Coons e Ragdolls. Os gatos podem ser homozigotos, heterozigotos ou negativos para a mutação; porém, nem todo paciente que apresenta a alteração genética irá desenvolver a afecção, já que sua penetrância é incompleta e há uma grande variabilidade de fenótipos. Da mesma forma, um paciente negativo para a mutação não está necessariamente “livre” da CMH, já que existem muitas outras mutações envolvidas e ainda não estudadas.
Como o diagnóstico da CMH é feito por avaliações periódicas e há influência genética no desenvolvimento da doença, há necessidade de critérios ecocardiográficos e cardiológicos para considerar um gato apto à reprodução (como matriz), minimizando a chance de propagação do gene mutado para os filhotes (e, muitas vezes, o diagnóstico definitivo só é feito depois de passada a idade ideal para a reprodução, daí a importância de seguir um adequado programa de triagem).
As raças que apresentam componente hereditário em relação à cardiomiopatia hipertrófica e que são estudadas no programa Pawpeds são:
– Bengal
– Birmanês
– British Shorthair
– Cornish Rex
– Devon Rex
– Exótico
– Maine Coon
– Norwegian Forest Cat
– Persa
– Ragdoll
– Siberiano
– Sphynx
Como é realizado o exame ecodopplercardográfico?
O ecodopplercardiograma é um exame ultrassonográfico do coração e dos grandes vasos, que permite avaliação hemodinâmica e estrutural cardíaca, permitindo quantificação de fluxos, função cardíaca e mensuração das estruturas cardíacas. O exame é bem tolerado em gatos, não causa dor e, na maioria dos casos, não há necessidade de sedação/ tranquilização. Não há necessidade de preparo prévio e o exame tem duração média de 30 minutos.

Texto: Clínica Gattos - SP

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Por que meu filhotinho só deve vir depois de 12 semanas?

Imagem ilustrativa


Um filhote deve ser liberado no mínimo com 12 semanas de idade. Nós temos visto os filhotes serem liberados a partir de 6 ou 7 semanas de idade. E devido a tantos anúncios dizendo que os filhotes com apenas 6 a 8 semanas estão “prontos para ir” pode parecer que esperar até 12 a 24 semanas seja tempo demasiado para se esperar. Mas não é!

Quanto mais novinho é um filhote mais mimoso ele é… A maioria das pessoas quer ter o prazer de poder vê-los crescer. Mas podemos prejudicá-lo permanentemente ao separá-lo cedo demais de sua mãe. Existem marcos cruciais (mental, emocional e de desenvolvimento físico) a serem alcançados entre 6 e 24 semanas.

Alguns criadores estão mais interessados nas receitas das vendas dos gatinhos e em diminuir os custos de mantê-lo por mais tempo do que na plena saúde e perfeita formação da personalidade do gatinho para sua melhor adaptação ao mundo.
Mas, separar o filhote de sua mãe, dos seus irmãozinhos e do seu ambiente cedo o levará, no mínimo, a “ansiedade” e “stress”, para não dizer a sérios problemas de saúde e no pior caso, à morte.

Potencias Problemas devido à separação Precoce.

* Problemas com imunidade e saúde
Durante as primeiras semanas de vida o gatinho está protegido pelos anticorpos maternos transmitidos através do colostro da mãe, mas esta proteção diminui à medida que ele se desenvolve criando as suas próprias defesas imunológicas. Enquanto a proteção materna for elevada, os agentes patogênicos são eliminados por essas defesas. O sistema imunológico do gatinho permanece imaturo, ou seja, incapaz de produzir, de forma eficaz, os seus próprios anticorpos contra os microorganismos do meio ambiente ou de agentes de doenças infecciosas.
Para que o sistema imunológico possa se desenvolver e estimular a produção dos seus próprios anticorpos, é necessário um período de tempo para que o gatinho possa entrar em contato com os microrganismos sem a proteção conferida pela barreira imunológica dos anticorpos maternos.
É o período crítico, intervalo de tempo durante o qual a proteção materna diminui para níveis inferiores ao limiar de eficácia, enquanto que as próprias defesas do gatinho ainda não se encontram suficientemente desenvolvidas para fazer face a uma estirpe de agentes patogênicos.
Os gatinhos tornam-se sensíveis a todas as doenças infecciosas e em particular, àquelas contra as quais a sua mãe se encontra protegida. Nessa fase as vacinas são ineficazes, pois são neutralizadas pelos anticorpos maternos remanescentes no sangue, em quantidade insuficiente para proteger o filhote contra a doença mas suficiente para impedir a ação da vacina.
Deste modo, o período crítico constitui não só um desafio para o gatinho como também uma necessidade para adquirir autonomia do ponto de vista imunológico.
A fase de maior fragilidade do gatinho situa-se no início do período crítico, por volta de 4 semanas. O filhote começa a produzir os seus próprios anticorpos a partir da 5ª semana, atingindo um nível satisfatório aproximadamente aos 4 a 6 meses de vida.
Durante o período crítico, o gatinho é sensível:
aos microorganismos do meio ambiente
às doenças felinas infecciosas – particularmente a Coriza – mesmo se ele e todos os demais gatos tiverem sido vacinados.
aos parasitas: os ascarídeos possuem um ciclo de vida que influi uma intensa carga parasitária nos gatinhos.
A real preocupação da separação precoce é que o sistema imunológico do gatinho ainda está se desenvolvendo entre 8 e 24 semanas de idade. A imunidade vinda da mãe está acabando e a imunidade das vacinas está apenas começando.  Entretanto, a imunidade advinda da vacinação não acontece imediatamente. Leva-se um período de tempo para isso acontecer, e, mesmo assim, acontece de forma gradativa a medida em que os anticorpos do leite da mãe vão se esvaindo e permitindo a imunidade da vacina se desenvolver. Nesse período o sistema imunológico está ocupado demais em se desenvolver deixando o gatinho menos capaz de brigar contra outras doenças. O “stress” de ir para a nova casa e a exposição a outros germes pode fazer o gatinho ficar mais susceptível nesse período.
Aos 6 ou 7 semanas, quando muito, o gatinho tomou apenas a 1ª dose de vacina e, assim mesmo, antes do tempo ideal. O seu novo dono, via de regra, não tem a experiência e os conhecimentos necessários para cuidar adequadamente do filhote. Muitas vezes, por trabalhar fora, falta-lhe o tempo necessário para administrar os medicamentos necessários, por exemplo, os vermífugos. Ainda pode se descuidar esquecendo ou atrasando as demais doses de vacina o que poderá levar a resultados desastrosos.

Quando exatamente um gatinho está pronto para ir para seu novo Lar varia de gato para gato e de criador para criador. Alguns gatinhos simplesmente não estão maduros o bastante para viverem por sua própria conta até que sejam um pouco mais velhos.
Somente após  protocolo de vacinação for concluído é que  os gatinhos devem ser liberados para suas novas casas.
Do ponto de vista da Saúde, é melhor permitir aos filhotes tomar todas as vacinas onde nascem, no seu ambiente familiar e junto da mãe. Enfatizando, as primeiras vacinas não são suficientemente eficazes e os gatinhos necessitam de tempo para as defesas do seu  sistema imunológico mude completamente daquele que veio através do leite da mãe para o que se desenvolverá através das vacinas.

*Problemas com aprendizagem de comer e eliminação
O desmame não é um evento. É um processo. O filhote não apenas começa a comer num determinado dia. Ele come um pouco de comida, mama, come um pouco, mama, e assim por diante. O gatinho passa a comer mais do que mamar e, então, finalmente ele para de mamar. Mas isso não acontece naturalmente entre a 6ª e 8ª semana de vida. Definitivamente não é verdade!
Deixando o filhote à vontade com a sua mãe, ela, finalmente, mas naturalmente, não o permitirá mamar mais. Para a maioria dos gatos isso acontecerá em algum momento entre a 8ª e a 12ª. Entretanto, esse processo é muito importante, uma vez que ensina o filhote a aprender a lidar positivamente com frustração e negação. Quando a mãe começa a recusar a permitir o filhote se amamentar, o que o filhote quer muito fazer, ela ensina o filhote como lidar com a frustração. Filhotes que não aprendam essa lição podem desenvolver problemas comportamentais.
O desmame não é simplesmente uma questão de dar comida sólida ao filhote. Esse é um importante período quando o filhote começa a adquirir a sua própria independência em relação à sua mãe. Esse precisa ser um processo gradual. A maioria dos nossos gatinhos se amamenta até 9ª ou 10ª semana, e não raro, além. Mas nós nunca tivemos um cliente nos ligando de volta reclamando de um gatinho em depressão, miando e triste pela falta de sua mãe.
É também comum que os gatinhos bem novos comam insuficientemente e tenham problemas no uso das caixas sanitárias. No primeiro caso é preciso alimentá-lo, por vezes, dando-lhe alimento na boca. No segundo caso, a maioria dos filhotes entre 6 e 8 semanas de idade ainda não usam a caixa sanitária consistentemente. É comum que apenas com 10 semanas eles aprendam a usá-la completamente. E a diarreia pode acompanhar as mudanças de alimentação e do “stress” que aparecem com a nova casa. Diarreia pode ser uma ameaça de vida para um pequeno filhote. A severa desidratação e a rápida perda de peso é um sério problema quando se o filhote possui ainda uma pequena massa corporal.
Problemas com a socialização e o comportamento
Pessoas freqüentemente expressam o desejo de ter um filhote novinho porque elas temem que o filhote não se adaptará com elas se forem mais velhos. Isto simplesmente não é verdade. Isso é um mito que precisa ser desfeito para que o gatinho possa ter a oportunidade de aprender com a mãe e ser saudável e sem “stress” ao máximo que for possível quando for para sua nova casa.
É verdade que um filhote que for separado muito cedo da mãe se apegará a uma pessoa dependentemente como se fosse sua segunda mãe. Isso pode parecer bonito, mas não é saudável. Tais filhotes freqüentemente tentaram amamentar nos cobertores, roupas, nas orelhas. Eles podem se tornar tão dependentes de humanos a ponto de se transformarem em medrosos e neuróticos quando ficam sós. Correm e se escondem à primeira vista de pessoas desconhecidas. Quando não são corretamente socializados não aprendem como ser com outros gatos. Isso os torna muito inapropriados com animais de estimação, e particularmente, onde houver outros Pets.
A fase de socialização do gatinho começa por volta das 4 semanas e continua até as 24 semanas de idade. Os filhotes aprendem a explorar seus mundos durante esse período, sob o conforto dos ensinamentos e acompanhamento da sua mãe. Entre 14 semanas de idade, eles aprendem de sua mãe e irmãos como interagir com outros gatos. Eles aprendem como reconhecer e interpretar a linguagem corporal dos gatos. Todo gato usa os dentes e as unhas em suas brincadeiras e carinhos. É na sua infância e com a sua mãe que aprende a dosar a força de sua “mordedura” e de sua “pegada” quando está brincando ou acariciando. Sua mãe o ensina a usá-las de maneira a não machucar o outro.
É nesse período que os filhotes precisam ser expostos a uma variedade de pessoas numa positiva maneira para que não se tornem gatos medrosos e inseguros diante de diferentes tipos de pessoas.
Literalmente, o gato que perde esse importante passo social pode não aprender a “conversar” com outros gatos. Os gatinhos se transformam em gatos ciumentos e inseguros, mostrando suas inseguranças indo ao banheiro em lugares inapropriados ou reagindo negativamente à presença de novas pessoas.

Finalmente, no caso do gatinho ter que ser enviado  para outra cidade via companhia aérea, a idade mínima exigida por questão de segurança são 4 meses completos. 

Por Fernanda Diniz - Veterinária e Criadora/ Proprietário
Gatil Petit Gatô

sábado, 29 de abril de 2017

CASTRAÇÃO PRECOCE - Porque tão cedo?

Pesquisas recentes nos EUA indicam a castração antes da puberdade, e apresentam suas vantagens. O objetivo do presente artigo é debater o assunto, questionando e discutindo se realmente existem efeitos negativos, geralmente atribuídos a carência hormonal.
A principal doença reprodutiva mais comum em cadelas/gatas sexualmente intactas é o tumor de mama. Ele é o segundo tumor mais frequente em cadelas e o terceiro mais comum em gatas. É provado que a sua incidência cai para 0,5% quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, mas o efeito da castração na diminuição da incidência deste tumor vai diminuindo com o tempo, sendo que não se altera se a cadela for castrada após o segundo cio. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.
Além dos tumores de mama, a castração precoce previne quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas, assim como outras doenças do sistema reprodutor. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas e gatas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o Complexo Hiperplasia Endometrial Cística (PIOMETRA), doença que se não for tratada a tempo, ou seja, se não for realizada a retirada do útero, pode levar à morte.

Custos
Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e materiais em geral, sem ainda falar no tempo, pois a cirurgia é muito mais rápida do que no animal adulto.
Outra vantagem em se castrar filhotes é fazer com que, após a adoção, não exista o risco destes animais se reproduzirem e agravarem a questão da superpopulação, pois a maioria dos proprietários não está consciente do problema, e deixa seus animais se reproduzirem sem critérios. Quando se trata da fêmea, o quadro é ainda pior, pois muitas vezes o que vemos são os donos matarem os filhotes assim que nascem, ou jogá-los na rua para que morram ou sejam adotados, e quando eles sobrevivem, acabam tornando-se cães vadios, sem dono, passando fome nas ruas e transmitindo doenças para outros animais, e mesmo para as pessoas. O que fazer? Ser conivente com a carrocinha e o sacrifício em massa, ou adotar uma política consciente de castração?

Mitos e Preconceitos
Embora com o conhecimento das vantagens que a castração precoce pode propiciar, ainda existe um receio por parte dos veterinários e da própria população em castrar animais jovens. Os principais problemas citados na literatura mais antiga, e que caíram na crença popular são citados e discutidos a seguir.

Retardo no Crescimento
A maturidade do esqueleto está muito relacionada a puberdade, e sofre ação direta dos hormônios sexuais, além de outros. Embora não essenciais, os hormônios sexuais influenciam em todo o metabolismo do esqueleto. Dessa forma, foi constatado que a castração precoce atrasa o fechamento das epífises ósseas, o que quer dizer que o animal permanece em fase de crescimento por mais tempo, e com isso tem estatura ligeiramente maior do que teria se não fosse castrado; 

Obesidade
Foi provado, cientificamente, que aproximadamente 30% das cadelas castradas engordam devido ao aumento do apetite, e parece que o mesmo ocorre em gatas. Mas, se a ingestão de alimentos for controlada após a cirurgia, esse problema tende a diminuir.
Porém, estudos realizados em ratos mostram que, se a castração for feita antes da puberdade, não há aumento na tendência à obesidade, e o mesmo foi comprovado em nosso estudo com cães e gatos, onde nenhum dos filhotes castrados engordou em demasia após a cirurgia.

Problemas de pele
Vários problemas de pele tem sido atribuídos a castração, como dermatites e queda de pêlos, mas nenhum trabalho comprovou que tais problemas fossem inerentes a castração, uma vez que animais não castrados também apresentam estes problemas.

Mudanças de comportamento
É da crença popular que animais castrados ficam mais mansos e preguiçosos. Vários trabalhos tem sido feitos comparando em competições o comportamento e performance dos animais que foram castrados após a puberdade, mas quando receberam a mesma alimentação e cuidados que os animais inteiros, não mostraram nenhuma diferença.
Por outro lado, com relação a "vadiagem", ou seja, o fato dos animais (cães e gatos machos, principalmente) viverem fora de casa, procurando fêmeas no cio ou brigas com outros machos, estes hábitos diminuem em 90% dos casos após a castração, além de reduzir consideravelmente a agressão entre machos e a marcação de território com a urina. Vale ressaltar que outros tipos de agressividade, principalmente no caso de cães de guarda, não é afetada.
Concluindo, nenhuma diferença de comportamento nas brincadeiras, caça, dominância e guarda, ocorre em animais castrados, seja precoce ou tardiamente.

Problemas urinários
Relativamente muito pouco se sabe com relação aos efeitos dos hormônios sexuais sobre o sistema urinário em cães e gatos.
Porém, sabe-se que os problemas antigamente atribuídos a castração, como aumento da predisposição à obstrução uretral em gatos, ou a incontinência urinária em cadelas, ainda merecem maiores esclarecimentos.
A incidência de obstrução uretral em gatos é a mesma em gatos castrados ou não, embora os mecanismos dessa patologia ainda não tenham sido esclarecidos.
Com relação à incontinência urinária em cadelas, ela pode ocorrer de semanas a anos após a cirurgia de castração, assim como em cadelas inteiras. Vários problemas anatômicos e fisiológicos estão associados ao problema, e não se tem ainda uma causa definida. Se há influência hormonal, não há evidências que sugiram que a castração precoce irá potencializar o problema.

Riscos anestésicos e cirúrgicos
Quando filhotes com menos de 12 semanas são anestesiados, atenção especial deve ser dada para o pequeno tamanho do paciente e as diferenças na distribuição, metabolismo e excreção dos anestésicos mas, de maneira geral, a cirurgia é feita em menos de 15 minutos nas fêmeas e 5 minutos nos machos, tornando-se bastante segura.

Predisposição a doenças infecto-contagiosas
Uma das maiores preocupações daqueles que adotam a castração precoce é saber como o estresse da anestesia e da cirurgia irá afetar a susceptibilidade a doenças infecto-contagiosas, como a Parvovirose ou a Cinomose.
Quando a cirurgia é feita até os 30 dias de idade, os filhotes se recuperam imediatamente após o término da anestesia, e já começam a mamar e brincar uns com os outros, mostrando que o estresse é mínimo, assim como a dor parece ser a mesma de um corte de rabinho, o que não ocorre em adultos, os quais sentem muita dor e às vezes passam um ou dois dias, após a cirurgia, muito apáticos e sem se alimentar.

De maneira geral vemos que a castração precoce só traz vantagens, e que é necessária a ajuda de todos aqueles que gostam de animais, para que possamos acabar com esse quadro horrendo que povoa nossas ruas e canis municipais, sempre lotados de cães à espera da morte.

Patrícia Arrais Rodrigues da Silva
médica veterinária (CFMV-DF 0773)
Fonte: www.webanimal.com.br
www.cardigans.com.br

sábado, 22 de abril de 2017

Maine Coon x Norueguês da Floresta

Quais são as diferenças entre Maine Coon e Norueguês da Floresta?




      Maine Coon e Norueguês da Floresta,  parecem muito semelhantes, e alguns especialistas  acreditam que o Maine Coon e o  Norueguês da Floresta tem os mesmos descendentes, já que   eles compartilham muitos  traços semelhantes.
      Eles são raças de gatos consideradas gigantes. Ambos têm lindos e longos pelos. Ambos são bem conhecidos por serem extrovertidos e amigáveis, MAS existem algumas diferenças tanto na aparência quanto na personalidade.
      Maine Coons são bem conhecidos por sua inteligência e sua capacidade de aprender rapidamente coisas novas. Também, gostam, realmente, desfrutar da companhia de pessoas e são muito leais.
      Os Noruegueses da Floresta, também, são muito inteligentes e fáceis de treinar, mas eles não estão  tão interessados ​​na parte de fidelidade  se você não estiver muito disposto a interagir com eles, eles não te cobrará por isso.
      O Maines são gatinhos sempre dispostos a brincadeira, quando o norueguês da floresta tem um lado mais preguiçoso. Eles preferem jogar um pouco , enquanto o Maine Coon vai continuar jogando e jogando enquanto  você esteja disposto a jogar. Maine  Coons pode ser facilmente treinado para andar em uma coleira, isso lhe valeu o nome do "cão de O mundo do gato ". Os  noruegueses da floresta não estão interessados ​​em ser o "cão" de alguém.

O aparência

     Sua aparência é muito semelhante, mas a forma da cabeça é diferente e a sua pelagem também é um pouco diferente. Ambos são muito macios, mas o  norueguês da floresta tem a pelagem mais longa em seu comprimento. As caudas também são um pouco diferentes. O pelo na cauda no  norueguês da floresta é longo e sua cauda mais curta em quando a cauda do Maine Coon é longa com muitos pelos.
     A forma da cabeça é o sinal mais revelador. O  norueguês da floresta tem uma cabeça triangular, com um nariz reto e uma testa lisa. O Maine Coon tem uma cabeça angular, com uma inclinação côncava no perfil, testa levemente curva , bochechas altas e proeminente, com o queixo forte e alinhado com o nariz.
    Estas são raças muito bem-amadas porque são bonitas e têm grandes personalidades. São grandes adições a toda a casa. Ambos são bons com crianças, embora o Maine Coon  obtenha alguns pontos extras com a  sua calma  com as crianças. Eles são muito mais parecidos, porém são diferentes.


Por: http://mainecoon.org/maine-coons-vs-norwegian-forest-cats/
Traduzido por Maine Coon Brasil

sábado, 28 de janeiro de 2017

Alimentação Úmida - sempre necessária

Imagem ilustrativa
Hunter - (Christina Nunes)
Porquê devemos oferecer alimentos úmidos aos nossos gatos?



    Por conta do gato só estar cerca de 7.000 anos em contato com nós Seres Humanos, o mesmo ainda herda diversas características dos ancestrais felinos, como a ingestão hídrica através da ingestão da presa, o qual naturalmente possui cerca de 75% de água presente em seu corpo. Estudos demonstram que gatos alimentados exclusivamente de alimentação seca desidratam diariamente pois não são capazes de ingerirem o volume suficiente de água para compensar a falta de umidade presente nas rações secas, logo, isso explica a crescente prevalência de inúmeras doenças crônicas do trato urinário inferior nos dias de hoje.

   Gatos são CARNÍVOROS ESTRITOS, diante disso, eles são metabolicamente adaptados ao consumo de PROTEÍNA de origem animal. A fisiologia do gato não esta habituada a carboidratos em GRANDES porcentagens, já que a presa (caça) possui apenas 3% de carboidrato em sua composição, e as rações secas possuem cerca de 50%. Levando em consideração que a maioria dos gatos domésticos possuem a maior parte de suas dietas compostas por ração seca, vemos cada vez mais casos de diversas doenças crônicas em nossa rotina veterinária!

   Para entender o quanto a introdução da ração úmida na dieta dos nossos gatos é de SUMA importância, basta compararmos a composição de cada tipo de dieta :

   RAÇÃO SECA (media entre todas as marcas) = 40 a 50 % carboidratos, 30 a 35 % de proteínas, 15% de gorduras.
Umidade = INFERIOR a 10%

   RAÇÃO ÚMIDA (media entre todas as marcas) = 7 % carboidratos, 40 a 50% de proteínas, 35 a 45 % de gordura. Cerca de 40% de "agua”

   PRESA (caça) = 3 % de carboidratos, 50% de proteína, 40 a 45% de gorduras. Cerca de 75% de “agua”

   E não, NENHUMA ração úmida comercial possue desequilíbrio nutricional em sua composição capaz de causar malefícios ao animal. O que existe são diferentes níveis de qualidade dos nutrientes presentes em cada marca (classificadas em premium e super premium).

   HOJE, a alimentação mais adequada para os felinos é sem dúvidas a ALIMENTAÇÃO ÚMIDA, pois “metabolicamente falando” a sua composição é a que mais se aproxima ao que o organismo do nosso felino deveria "receber” para um funcionamento adequado, visando evitar assim futuras complicações. Claro que para manter um felino EXCLUSIVAMENTE a alimentação úmida requer um aporte financeiro gigantesco se comparado a ração seca, por isso eu recomendo a todos os meus pacientes o uso DIÁRIO da alimentação úmida como parte da dieta do felino, pois assim, a predisposição a inúmeras doenças crônicas diminuirão 🙏🏻

   Existe ainda muita falta de informação vinda de profissionais da área a respeito das dietas úmidas para gatos, alguns preconceitos e tabus inacreditáveis mesmo com comprovação CIENTÍFICA da importância e benefícios que trazem “os sachês” na vida dos felinos.

   Por isso, procure sempre um profissional atualizado e conceituado para garantir orientações adequadas e reais aos seus gatos. 👍🏻👍🏻👍🏻👍🏻👍🏻

Por Carol Nunes
Médica Veterinária - Especialistas em Felinos
Contato: (11) 97535-3575

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mantenha seu gato saudável

Foto ilustrativa - internet

Ofereça comida úmida frequentemente : Esqueça o tártaro. Na natureza, os felinos caçam animais menores, com 70% de água em seus corpos, e por isso não precisam beber água com frequencia. Por isso a falta de hábito ou interesse no pote, remete a sua anscentralidade e não frescura. Vale sachê, latinha e até alimentação natural, desde que preparada exclusivamente para eles, seguindo a orientação de um especialista.


Leve vômitos a sério: Rins com problema não conseguem filtrar as toxinas do sangue direito, provocando náusea, feridas no estômago e, consequentemente, vômitos. O único vômito bom é o dos pelos, todos os outros merecem investigação. 


Pese o bichano mensalmente: Enjoados, eles tendem a comer menos, emagrecendo lentamente. Observação é fundamental para descobrir problemas cedo.


Ofereça água: Pode ser na seringa, na torneira, na fonte, em diversos lugares.... água é fundamental para o funcionamento dos rins.


Compre potes de tamanhos diferentes : Diversifique tamanhos, formar e materias, de opções para eles, não economize na quantidade de potes e mantenha a água fresca. Ingerir pouca água é a principal causa da doença renal.


Não economize na ração : Invista em uma boa ração, nada de marcas que tenham corantes. Marcas baratas possuem excesso de sal, que provoca disfunções urinárias, e de corante, que prejudica a absorção dos nutrientes, além de gerar um volume maior de cocô.



Fonte: http://blog.gatoca.com.br/2016/11/doenca-renal-7-dicas-que-podem-salvar.html
          http://revistameupet.com.br/saude/doenca-renal-cronica-em-gatos/690/
          http://www.adoteumronrom.com.br/single-post/2015/10/22/Doen%C3%A7a-renal-em-gatos-um-problema-que-deve-ser-levado-a-s%C3%A9rio